CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA
Fédération Cynologique Internationale

Classificação F.C.I.:

Grupo 2 - Pinscher e Schnauzer, Molossóides, Boiadeiros e Montanheses Suíços e raças assemelhadas.

Seção 2 - Molossóides  2.1 - Tipo Mastife

Padrão FCI no 144 - 10 de abril de 2002. País de origem: Alemanha
Nome no país de origem: Deutscher Boxer  Utilização: Companhia, guarda e trabalho
Sujeito à prova de trabalho para campeonato internacional.

Sergio Meira Lopes de Castro
Presidente da CBKC

Domingos Josué Cruz Setta
Presidente do Conselho Cinotécnico

Tradução: Suzanne Blum

 Impresso em: 05 de setembro de 2002.FI

NOMENCLATURA CINÓFILA UTILIZADA NESTE PADRÃO

1 _ Trufa 

13 _ Perna 

25 _ Braço

2 _ Focinho 

14 _ Jarrete 

26 _ Ponta do esterno

3 _ Stop 

15 _ Metatarso 

27 _ Ponta do ombro

4 _ Crânio 

16 _ Patas

 

5 _ Occipital 

17 _ Joelho

a _ profundidade do peito

6 _ Cernelha 

18 _ Linha inferior

b _ altura do cotovelo

7 _ Dorso 

19 _ Cotovelo 

a + b = altura do cão

8 _ Lombo 

20 _ Linha do solo

 

9 _ Garupa 

21 _ Metacarpo 

 

10 _ Raiz da cauda 

22 _ Carpo

 

11 _ Ísquio 

23 _ Antebraço 

 

12 _ Coxa 

24 _ Nível do esterno na cernelha

 

BREVE RESUMO HISTÓRICO

O pequeno, assim chamado Brabant Bullenbeisser, é considerado como o ancestral imediato do Boxer. No passado, a criação dos Bullenbeissers ficou na sua maior parte nas mãos dos caçadores com quem trabalhavam durante a caça. Sua tarefa era segurar firmemente a presa perseguida pelos cães de caça, até a chegada dos caçadores que a matavam. Para esse trabalho, o cão tinha que ter a boca quanto maior possível, com uma dentadura ampla para prender e reter firmemente a caça. Qualquer Bullenbeisser com tais características era o mais indicado para esse trabalho, sendo assim utilizado na criação. Nessa época, apenas habilidade para o trabalho era critério de seleção para uso na criação. Esse critério de seleção levou à produção de um cão de focinho largo e nariz arrebitado.

APARÊNCIA GERAL

O Boxer é um cão de tamanho médio, pêlo liso, compacto, robusto, de construção quadrada e ossos fortes. A musculatura é seca, fortemente desenvolvida e nitidamente definida. Sua movimentação é enérgica, poderosa e nobre. O Boxer não deve ser nem grosseiro, nem pesado, nem muito leve, nem sem substância.

PROPORÇÕES IMPORTANTES

a) comprimento do tronco: a construção é quadrada, isto é, a horizontal da cernelha e as duas verticais, uma tangenciando a ponta do ombro e a outra a ponta do ísquio, formam um quadrado.

b) profundidade do peito / altura na cernelha: o peito alcança os cotovelos. A profundidade do peito é a metade da altura na cernelha.

c) comprimento da cana nasal / comprimento da cabeça: a proporção crânio-focinho é de 2:1 (medido da ponta da trufa até o canto do olho ou, respectivamente, do canto do olho ao occipital).

COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO

O Boxer deve ter nervos firmes, ser seguro, tranqüilo e equilibrado. Seu temperamento é da maior importância e requer maior atenção. Sua ligação e fidelidade para com seu dono e sua família, sua vigilância e sua intrépida coragem são conhecidas há muito tempo. Ele é dócil no meio familiar, mas desconfiado com estranhos. Alegre e afetuoso na brincadeira, contudo destemido quando a situação é seria. Fácil de ser treinado graças a sua docilidade, segurança, coragem, mordacidade natural e aptidões olfativas. Pouco exigente e limpo, é tão agradável e apreciado em seu círculo familiar tanto como cão de guarda quanto de companhia. Seu caráter é franco, sem falsidade ou hipocrisia, isso até em idade avançada.

CABEÇA

É a parte do Boxer que lhe confere o aspecto característico. Deve ser bem proporcionada ao corpo, sem parecer leve ou pesada. O focinho deve ser o mais largo e poderoso possível. A beleza da cabeça depende da relação proporcional entre as medidas do focinho e do crânio. Qualquer que seja o ângulo que se olhe a cabeça, de frente, de cima ou de lado, o focinho deve sempre ser proporcional ao crânio, quer dizer, jamais parecer muito pequeno. A cabeça deve ser seca, sem rugas. Entretanto, rugas naturais são formadas na região craniana quando o cão está muito atento. Com origem na face dorsal da raiz do focinho, rugas naturais descem simetricamente pelas faces laterais. A máscara escura se limita ao focinho e deve ser nitidamente separada da cor da cabeça, a fim de a expressão não parecer sombria.

REGIÃO CRANIANA

Crânio: Deve ser estreito e angulado quanto possível. É ligeiramente arredondado, sem ser curto, ou plano e nem muito largo. O occipital não é muito pronunciado. O sulco frontal é ligeiramente marcado, não deve ser muito profundo, especialmente entre os olhos.

Stop: a testa forma um nítido stop em direção à cana nasal. A cana nasal não deve ser encurtada como no Bulldog, nem caída para a frente.

REGIÃO FACIAL

Trufa: larga e preta, levemente arrebitada, com narinas largas. A ponta da trufa fica ligeiramente mais alta em relação a sua raiz.          

Focinho: bem desenvolvido nas 3 dimensões de volume, nem pontudo ou estreito, nem curto ou plano. Sua forma é determinada por:

a) a forma dos maxilares;

b) a disposição dos caninos;

c) a maneira pela qual os lábios se moldam a essa estrutura.

Os caninos devem ser implantados o mais separados possível e de bom tamanho. O plano anterior do focinho é, portanto, largo, quase quadrado, formando um ângulo obtuso com a linha superior do focinho. O contorno do lábio superior pousa no contorno do lábio inferior. O lábio inferior, no terço anterior da mandíbula curvada para cima, não pode ultrapassar muito a frente, nem tampouco ocultar-se sob o lábio superior. O queixo projeta-se à frente do lábio superior de maneira bem nítida, tanto de frente, quanto de perfil, sem por isso assemelhar-se ao do Bulldog. Os caninos, os incisivos e a língua não devem ser visíveis enquanto a boca estiver fechada. A fenda do lábio superior é bem visível.

Lábios: completam a forma do focinho. O lábio superior é espesso, cheio e enche o espaço deixado pelo maxilar inferior mais longo, além de ficar apoiado nos caninos inferiores.

Maxilares / Dentes: o maxilar inferior ultrapassa o maxilar superior curvando-se ligeiramente para cima. O Boxer é prognata. O maxilar superior é largo na sua junção com o crânio e diminui muito pouco para frente. Os dentes são fortes e saudáveis. Os incisivos são preferivelmente alinhados; os caninos são bem separados e de bom tamanho.

Bochechas: fortemente desenvolvidas, em virtude da robustez dosmaxilares, sem que com isso sejam fortemente pronunciadas, fundindo-se ao focinho em leve curva.

Olhos: os olhos escuros não são nem muito pequenos, nem proeminentes, nem profundos. A expressão denota inteligência e energia, não deve ser nem ameaçadora, nem penetrante. As pálpebras devem ser de cor escura.                    

Orelhas: as orelhas naturais (não cortadas) são de comprimento médio. Inseridas de lado na parte mais alta do crânio. Em repouso, são portadas pendentes rentes às faces; voltam-se para a frente, fazendo uma dobra bem marcada, especialmente quando o cão está em atenção.

PESCOÇO

A linha superior se estende em uma elegante curva da nuca bem marcada até a cernelha. De bom comprimento, redondo, forte, musculoso e seco.

CORPO

Quadrado, membros retos.

Cernelha: deve ser marcada.

Dorso: incluindo o lombo, deve ser curto, firme, reto, largo e musculoso.

Garupa: ligeiramente inclinada, larga e ligeiramente arredondada. A bacia (ou osso pélvico) deve ser larga especialmente nas fêmeas.

Peito: profundo, alcançando os cotovelos. A profundidade do peito é a metade da altura na cernelha. Antepeito bem formado.

Linha inferior: descreve uma curva elegante para a traseira. Flancos curtos e firmes, ligeiramente levantados.

CAUDA

De inserção mais para alta que para baixa. A cauda permanece natural.

MEMBROS

Anteriores: vistos de frente, devem ser retos e paralelos com uma forte ossatura.

Ombros: com escápula longa e inclinada, bem amoldada ao tórax, sem serem musculosamente carregados.

Braços: longos e fazendo um ângulo reto com a escápula.

Cotovelos: não demasiadamente juntos ao tórax, nem soltos.

Antebraços: verticais, longos e fortemente musculosos.

Carpos: fortes, bem marcados, mas não exagerados.

Metacarpos: curtos, quase perpendiculares ao solo.

Patas: pequenas, redondas, compactas, com almofadas plantares bem acolchoadas e duras.

Posteriores: muito fortes com músculos rígidos e de relevo bem modelado, visíveis sob a pele. Vistos por trás, retos.

Coxas: longas e largas. Articulação coxofemoral e dos joelhos a menos obtusa possível.

Joelhos: quando em stay, devem tangenciar a vertical da ponta do ílio até o solo.

Pernas: muito musculosas.

Jarretes: fortes, bem definidos, mas não exagerados. Ângulo aproximado de 140°.

Metatarsos: curtos, com ligeira inclinação, 95° a 100° ao solo.

Patas: levemente mais longas que as anteriores, compactas, com almofadas  plantares   bem acolchoadas e duras.


MOVIMENTAÇÃO

Viva e com muita força e nobreza.                 

PELE

Seca, elástica, sem rugas.

PELAGEM

Pêlo: curto, duro, brilhante e bem assentado.

COR

Fulvo (dourado) ou tigrado. Fulvo se apresenta em diversas tonalidades, indo do amarelo claro ao vermelho escuro; as tonalidades médias (vermelho amarelado) são as mais bonitas. A máscara é preta. A variedade tigrada tem no sentido das costas listras escuras ou pretas. O contraste entre as listras e a cor base deve ser nítido. As marcas brancas não devem ser descartadas; elas podem ser bastante agradáveis.         


TAMANHO / PESO

Altura na cernelha:

Machos: 57 a 63 cm.

Fêmeas: 53 a 59 cm.

PESO

Machos: acima de 30 kg (com +/- 60 cm na cernelha).

Fêmeas: +/- 25 kg ( com +/- 56 cm na cernelha).

FALTAS

Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.

· comportamento / temperamento: agressivo, traiçoeiro, não confiável, falta de temperamento, tímido demais;

· cabeça: falta de nobreza e expressão; fisionomia sombria; cabeça de Pinscher ou de Bulldog. Exemplar que baba; dentes e língua à mostra; focinho muito pontudo ou muito leve. Cana nasal descendente; trufa marrom ou clara em certos pontos; olhos de rapina; terceira pálpebra despigmentada.

Em orelhas inteiras: flutuantes, semi-eretas ou eretas, orelhas em rosa.

Torção ou desvio da mandíbula; implantação dentária defeituosa; dentes fracos ou defeituosos por doença;

· pescoço: curto, grosso, com barbela;

· corpo: antepeito muito largo; falta de profundidade do peito. Garupa caída; dorso carpeado ou selado, magro, longo, estreito, nitidamente selado, não muito firme na conexão com a garupa; lombo carpeado; bacia estreita; ventre caído; flancos côncavos;

· cauda: inserção baixa, cauda quebrada;

· anteriores: frente francesa; ombros soltos; cotovelos soltos; metacarpos fracos; pés de lebre, achatados ou abertos;

· posteriores: musculatura fraca; angulação de posterior pouco ou demais angulada; pernas estreitas em forma de sabre; jarrete de vaca ou em barril, jarretes fechados, ergôs; pés de lebre, achatados ou abertos;

· movimentação: bamboleante; pouca cobertura de solo; passo de camelo; rígida.

· cor: máscara excedendo além do focinho. Listras tigradas muito juntas ou pouco marcadas; cor básica suja. Interferência de cores; marcas brancas indesejáveis, tais como a cabeça inteiramente branca ou em um lado da cabeça. Outras cores ou marcas brancas excedendo em um terço a cor de base.

NOTA

Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

Fonte: Federação de Cinofilia do Estado de são Paulo
Padrão Oficial CBKC - 2005

 

 
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